Por que a morte e o sofrimento fazem parte da criação de Deus?

em Agosto 1, 2023
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Por que o ministério Respostas em Gênesis batalha pela interpretação literal do livro de Gênesis? Muitos cristãos defendem uma interpretação alternativa do relato da criação a fim de conciliá-lo com a história “científica” da evolução. Afinal, a criação não é um assunto tão importante quanto as verdades da morte e ressurreição de Cristo, você não acha?

Por que coisas ruins acontecem? Ao longo dos séculos, o homem tem tentado reconciliar a sua compreensão de um Deus todo-poderoso e amoroso com o sofrimento aparentemente interminável que vê ao seu redor.

Um exemplo notável dessa luta é o magnata midiático Ted Turner. Havendo perdido sua fé depois da morte de sua irmã por uma dolorosa doença, Turner fez a seguinte afirmação: “Ensinaram-me que Deus era amor e Deus era poderoso, mas não consegui entender como Ele obrigaria ou permitiria que uma pessoa tão inocente sofresse tanto”.1

Será que Deus é responsável pelo sofrimento humano? Será que Ele é cruel, caprichoso e vingativo, ou será que ele é tão fraco que não consegue impedir o sofrimento? Se Deus realmente é soberano, como Ele pode permitir o sofrimento daqueles que ama?

Um mundo de miséria e morte

Cada dia nos deparamos com uma nova tragédia. Uma criança é diagnosticada com leucemia e é submetida a um tratamento médico intensivo, só para morrer mais tarde nos braços da mãe. Ao sair de lua de mel, um casal de recém casados é morto num acidente de trânsito provocado por um motorista bêbado. Uma família de missionárias é atacada e morta pelas próprias pessoas que procurava servir. Milhares de pessoas são mortas num ataque terrorista. Centenas de pessoas morrem afogadas num tsunami, enquanto dezenas são enterradas num terremoto.

Se Deus realmente nos ama e nos cuida, como Ele pode deixar tais coisas acontecerem? Ele é um Deus de sofrimento?

A reação habitual diante da tragédia é culpar a Deus, como Charles Darwin fez depois da morte de sua amada filha Annie.

A morte cruel de Annie aniquilou sua fé, já destroçada, num universo moral e justo. Mais tarde, ele diria que essa época foi o toque de finados para sua fé . . . depois disso, Charles tomou posição como descrente.2

Será que ele teve razão? A resposta se encontra numa perspectiva correta da história, algo que encontramos na Bíblia.

Angry at God

Como você pode ser um “Deus amoroso”? Por que você fez isto?

O que Deus criou realmente ficou “muito bom”?

No princípio, há aproximadamente 6.000 anos, Deus criou o universo e tudo o que há nele em seis dias literais. Ao encerrar os seus atos criativos no sexto dia, Deus “viu tudo o que havia feito, e tudo havia ficado muito bom” (Gênesis 1:31).

O fato de a criação ter sido boa pressupõe que não havia nela nenhuma mancha, defeito, doença, sofrimento ou morte. Não havia nenhum princípio de “sobrevivência do mais apto”. Não havia animais carnívoros, e Adão e Eva, os dois primeiros humanos, não matavam os animais para se alimentarem deles. A criação original era um lugar lindíssimo e cheio de vida na presença de seu Criador.

No início da criação, tanto os humanos quanto os animais eram vegetarianos. Em Gênesis 1:29-30 o Senhor diz: “Eis que lhes dou todas as plantas que nascem em toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes. Elas servirão de alimento para vocês. E dou todos os vegetais como alimento a tudo o que tem em si fôlego de vida: a todos os grandes animais da terra, a todas as aves do céu e a todas as criaturas que se movem rente ao chão”.

Esta passagem mostra claramente que na criação muito boa de Deus, os animais não se alimentavam uns dos outros (por conseguinte, os animais não morriam), uma vez que Deus deu a Adão e Eva, junto com os animais, somente plantas como alimento. (De acordo com Gênesis 9:3, foi só depois do Dilúvio da época de Noé - 1.600 anos mais tarde - que Deus permitiu que o homem comesse carne).

Uma vez que as plantas podem morrer ao serem consumidas, algumas pessoas afirmam que a morte fazia parte da criação original. No entanto, a Bíblia faz uma clara distinção entre as plantas e os animais, expressa pelo uso da palavra hebraica nephesh, um termo que descreve um aspecto da vida que a Bíblia atribui somente aos animais e humanos. A palavra nephesh pode ser traduzida “ser que respira” ou “ser vivente” (vide Gênesis 1:20;21, 24). As plantas não possuem a qualidade de nephesh; por conseguinte, não podem morrer, no sentido bíblico da palavra.

A criação original era muito boa. De acordo com Moisés em Deuteronômio 32:4, “Sua obra é perfeita”. Mas é claro que isso não descreve o estado atual das coisas.

Então por que morremos agora?

Se não houve morte de animais e humanos quando Deus completou Sua criação e o chamou “muito bom”, por que morremos hoje? Hoje, observamos que a morte nos rodeia. Alguma coisa deve ter alterado a criação - e essa coisa é o pecado.

Devido às ações rebeldes de um só homem, a morte entrou na criação de Deus.

O paraíso onde Deus tinha colocado Adão e Eva era perfeito. Como seu Criador, Ele tinha autoridade sobre eles. Com sua autoridade, Deus deu a seguinte regra a Adão: “Mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá” (Gênesis 2:17).

Algum tempo depois de Deus ter declarado que sua criação tinha ficado “muito boa” no final do sexto dia, um de Seus anjos, Lucifer, encabeçou uma rebelião contra o seu Criador.3 Em seguida, Lucifer tomou a forma de uma serpente e tentou Eva a comer a fruta que Deus tinha proibido. Tanto Adão quanto Eva comeram a fruta. Suas ações trouxeram o castigo sobre o qual Deus os tinha advertido. Deus é santo e não pode tolerar que haja pecado na Sua presença. Com justiça, o justo Criador cumpriu Sua promessa de que o castigo seria a consequência de sua desobediência. Devido ao ato rebelde de um só homem, a morte tinha entrado na criação de Deus.

Adão e Eva, com vergonha e temor, tentaram escapar às consequências de seu pecado juntando folhas de figueira para cobrir-se. Mas sozinhos eles não conseguiram cobrir suas ações. Eles precisavam de outro tipo de cobertura. De acordo com o autor de Hebreus, “sem derramamento de sangue não há perdão [de pecado]” (9:22). Era preciso um sacrifício com sangue para cobrir sua culpa diante de Deus.

A fim de lhes dar uma ilustração gráfica das terríveis consequências do pecado, Deus matou um animal e fez roupas de pele para cobrir Adão e Eva. Embora o texto não especifique o tipo de animal que foi morto, talvez tenha sido um cordeiro (ou algum animal semelhante) para simbolizar Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, que derramaria o Seu próprio sangue para tirar os nossos pecados.

Gênesis 3 também nos revela que a terra foi amaldiçoada; espinhos e ervas daninhas agora seriam parte dele. Os animais foram amaldiçoados, a serpente mais que os outros. O mundo não era mais perfeito; agora estava amaldiçoado devido ao pecado. O sofrimento e a morte agora abundavam na criação outrora perfeita.

O que tudo isso tem a ver comigo?

Uma vez que a decisão de desobedecer a Deus, que trouxe o pecado ao mundo, foi tomada por Adão, por que nós todos temos que sofrer o castigo?

Depois de pecarem e serem expulsos do Jardim do Éden (Gênesis 3:20-24), Adão e Eva começaram a ter filhos. Cada filho herdou a natureza pecaminosa de Adão, e cada filho se rebelou contra o seu Criador. Cada humano é descendente de Adão e Eva e tem o mesmo problema congênito: uma natureza pecaminosa.

Quando somos honestos com nós mesmos, percebemos que Adão é um bom representante de cada um de nós. Se uma pessoa perfeita que morava num lugar perfeito decidiu desobedecer às regras de Deus, é lógico concluir que nenhum de nós teria feito melhor que ele. O apóstolo Paulo escreveu o seguinte: “Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12).

As coisas tristes que acontecem ao nosso redor, e em nossas próprias vidas, nos lembram que o pecado tem consequências e que o mundo precisa de um Salvador.

Como filhos de Adão, todos nós herdamos sua natureza pecaminosa. Cada um de nós, em algum momento, já desobedeceu um dos mandamentos do Criador. Como consequência, todos merecemos morrer e sofrer o castigo eterno no inferno. Precisamos entender que nenhum de nós é inocente aos olhos de Deus. Romanos 3:23 diz: “Todos pecaram e] estão destituídos da glória de Deus”. Nenhum de nós é digno de estar na presença do Criador do universo, porque nesse caso estaríamos introduzindo na Sua presença uma natureza pecaminosa e rebelde.

No princípio, Deus preservava o estado perfeito de Sua criação. O relato sobre como os israelitas andaram errantes pelo deserto nos dá um vislumbre de como as coisas talvez tenham funcionado na criação original. As roupas dos israelitas não se gastaram e seus pés não incharam durante os quarenta anos que estiveram acampados no deserto (Deuteronômio 8:4). Deus é onipotente e perfeitamente capaz de preservar e proteger Sua criação.

No entanto, quando Adão pecou, o Senhor amaldiçoou o universo. Houve uma alteração na sua própria essência, e devido a essa alteração Deus começou a preservar uma criação já amaldiçoada. Agora, o universo inteiro sofre com os efeitos do pecado (Romanos 8:22).

Os acontecimentos tristes (por exemplo, a morte de um ente querido, tsunamis que matam milhares de pessoas, furacões que deixam muitos mortos ou sem teto, etc.) ao nosso o redor, ou que nos afetam pessoalmente, são lembranças de que o pecado tem consequências e de que o mundo precisa de um Salvador.

Deus antes tinha prazer em toda Sua criação (Apocalipse 4:11), mas o que Ele mais amava eram as pessoas. Ele usa o desmoronamento do universo que Ele tinha criado para nos mostrar as consequências do nosso pecado. Se não tivéssemos que experimentar as consequências da nossa rebelião contra o Criador, nunca entenderíamos a nossa necessidade de ser salvos do nosso pecado, e nunca receberíamos Sua oferta de misericórdia devido ao nosso pecado.

A maioria das pessoas reconhece facilmente que há um problema no mundo. No entanto, precisamos reconhecer que existe uma Pessoa que já venceu o problema da morte e do sofrimento—Jesus Cristo.

Há esperança?

Infelizmente, as consequências do nosso pecado são muito mais graves do que o sofrimento de viver a vida num universo amaldiçoado. Além disso, devemos sofrer uma morte física e logo enfrentar um castigo muito mais terrível do que qualquer coisa que já experimentamos: a segunda morte. O apóstolo João nos conta sobre um lago de fogo chamado “a segunda morte”, destinado àqueles cujos nomes não estão escritos no livro da vida (Apocalipse 20:14-15). Esta segunda morte é o castigo definitivo do nosso pecado.

Embora tenhamos nos rebelado contra Ele, trazendo o castigo sobre nós mesmos, Deus nos ama por sermos filhos Seus, e não quer que passemos a eternidade no inferno. O nosso Criador misericordioso nos providenciou uma forma de ser reconciliados com Ele e escapar do terrível castigo eterno pelo nosso pecado. Este escape é pela morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Jesus Cristo, que é o próprio Deus, veio à terra e viveu como homem uma vida sem pecado, após a qual Ele morreu para pagar a penalidade do pecado. O apóstolo Paulo nos explica que “assim como uma só transgressão resultou na condenação de todos os homens, assim também um só ato de justiça resultou na justificação que traz vida a todos os homens” (Romanos 5:18).

Deus, sendo justo, condenou o homem à morte; por isso recebemos o castigo que merecemos. No entanto, devido ao Seu amor por nós, Deus nos mostrou graça, tomando sobre Si mesmo o castigo como pagamento pelo nosso pecado.

Tenha bom ânimo! Cristo não ficou na tumba. Ele mostrou que tem poder sobre a morte, ressuscitando no terceiro dia após ser sepultado. Uma vez que Cristo demonstrou claramente o Seu poder sobre a morte, aqueles que creem nEle podem saber que eles também viverão, e para eles a morte não terá aguilhão. Aliás, a Bíblia diz:

Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “A morte foi destruída pela vitória” “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” (1 Coríntios 15:54–55)

Em Cristo, aqueles que receberam o dom gratuito da vida eterna podem esperar passar a eternidade com Ele em um lugar perfeito e sem dor (Apocalipse 21:4). Como escreveu o apóstolo Paulo,

Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie. (Efesíos 2:8-9)

Alguns diriam que se Deus realmente nos amasse, Ele teria nos colocado num ambiente perfeito, onde nenhuma dor nos pudesse tocar. Mas foi precisamente isso o que Ele fez, e mesmo assim Adão se rebelou contra Ele. Se a cada um de nós fosse dada a mesma oportunidade, faríamos o mesmo que Adão. Deus demonstrou o Seu amor ao morrer pelo mundo e ressuscitar. Todos aqueles que receberem o dom gratuito da vida eterna estarão com Ele durante toda a eternidade.

Em comparação com a eternidade, o nosso tempo neste mundo amaldiçoado é insignificante. Deus completará sua demonstração de amor colocando aqueles que receberem Sua salvação num lugar perfeito para sempre.

A restauração de todas as coisas

A Bíblia diz que a morte é o último inimigo que será destruído (1 Coríntios 15:26). Apocalipse 21:4 diz que “Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou”.

The Fall and final restoration

O MUNDO PERFEITO

PECADO

INTRUSÃO: MORTE; DOENÇAS; DOR; SOFRIMENTO; ANGÚSTIA EMOCIONAL

A RESTAURAÇÃO

NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

Aqueles que já receberam a salvação anseiam pelo momento em que o Senhor revogará a Maldição e restaurará o universo a um estado perfeito, como aquele que tinha antes do pecado do homem (Apocalipse 22:3).

Além de amar os Seus filhos tanto que esteve disposto a morrer pelo seu pecado, o Senhor também prometeu restaurar o mundo estragado, por meio da criação de novos céus e uma nova terra (Apocalipse 21:1). Assim como o primeiro Adão trouxe a morte para o mundo, Cristo, o “último Adão”, traz para o mundo uma vida renovada.

Nas palavras de Paulo,

Assim está escrito: “O primeiro homem, Adão, tornou-se um ser vivente”; o último Adão, espírito vivificante. (1 Coríntios 15:45)

A visão alternativa da história

Aqueles que rejeitam o Criador precisam explicar como o mundo veio a existir sem Deus.

Os defensores da evolução, junto com a maioria dos outros que acreditam num universo muito antigo, acreditam que o big bang aconteceu há 13 ou 14 bilhões de anos, formando o universo do nada. Formou-se a matéria de galáxias, estrelas e planetas, foram espalhados por todo o universo, esfriaram e coalesceram. Há uns cinco bilhões de anos, a terra começou a tomar forma. Diz-se que a terra esfriou há aproximadamente um bilhão de anos, formando água em sua superfície. Nesse oceano primordial, as moléculas de alguma forma se organizaram para formar os organismos unicelulares mais simples.

The evolutionary story

MILHÕES DE ANOS

A MORTE
Derramamento de sangue
Sofrimento
Doenças

A EXISTÊNCIA HUMANA

De acordo com os evolucionistas, devido a tensões ambientais e outras forças, mutações aleatórias deram a alguns dos organismos certas vantagens de sobrevivência. Aos poucos, esses organismos se transformaram em organismos cada vez mais complexos. Os mais fortes conseguiram sobreviver e reproduzir-se, enquanto os mais fracos foram mortos pelos mais fortes, ou morreram devido a outro fatores.

Com o tempo, esse processo implacável produziu uma criatura parecida com um macaco que mais tarde evoluiu, tornando-se homem. Isso significa que o ser humano é o produto final (por enquanto!) de milhões de anos de morte e sofrimento.

Esta perspectiva naturalista do universo usa o registro fóssil como evidência dessa ideia de que as criaturas se tornaram mais complexas ao longo de milhões de anos. Ela ensina que o registro fóssil é um registro de milhões de anos de doenças, lutas e morte. O famoso evolucionista Carl Sagan (já falecido) fez a seguinte afirmação: “Os segredos da evolução são o tempo e a morte”.4

A evolução requer milhões de anos de lutas e morte.

Isso realmente importa?

A Bíblia ensina que a morte é consequência do pecado do homem. A evolução ensina que a morte sempre foi parte da natureza. Ambas perspectivas podem ter razão? É claro que não.

A hipótese de o registro fóssil representar milhões de anos da história da terra pressupõe a existência de milhões de anos de morte, lutas e doenças antes do surgimento do homem. Isso contradiz o que Gênesis ensina.

Very good?

JARDIM DO ÉDEN

ADÃO! QUE MUNDO TÃO PERFEITO!

SIM EVA, É “MUITO BOM”, EXATAMENTE COMO DEUS DECLAROU!

MILHÕES DE ANO
REGISTRO FÓSSIL

DOR; MORTE; MATANÇA; DOENÇAS; ESPINHOS; LUTAS; SOFRIMENTO; EXTINÇÃO

A noção da “evolução teísta” tenta combinar o relato de Gênesis com o conceito de milhões de anos de evolução. A evolução teísta postula que houve milhões de anos de morte antes de Deus ter intervindo em algum momento do processo com a criação do Jardim do Éden. De acordo com a evolução teísta, Deus teria usado a expressão “muito bom” para descrever milhões de anos de morte e sofrimento.

Por outro lado, quando entendemos que o registro fóssil é consequência de um Dilúvio catastrófico universal que subitamente enterrou inúmeros organismos em água e sedimentos ricos em compostos químicos, não é mais necessário postular a existência de milhões de anos de história. O relato de Deus de um mundo que foi estragado pelo pecado e logo destruído por águas de juízo (Gênesis 6-9) é consistente com a evidência do registro fóssil em todo o mundo.

A promessa de Deus de uma restauração futura, “o tempo em que Deus restaurará todas as coisas” (Atos 3:21), não faria sentido se a evolução realmente tivesse acontecido. Essa promessa de restauração é lógica somente sob a hipótese de que a morte não fazia parte da criação original. Se nenhuma criação perfeita existiu no passado, não poderá haver nenhuma restauração da criação perfeita no futuro.

Two views of death

Duas Histórias da Morte

1. A Palavra de Deus

SOMENTE MILHARES DE ANOS

  • O pecado do Homem trouxe a Morte
  • A morte é um inimigo
  • A morte é uma parte passageira da história
  • A morte será eliminada

2. A Opinião Humana

MILHÕES DE ANOS

  • A morte sempre coexistiu com a vida
  • Sempre que houver vida, também haverá morte
  • A morte é um aspecto permanente da história

De onde vêm a compaixão e a misericórdia?

Uma queixa frequente entre muitos evolucionistas é que o conceito de um Deus amoroso é inconsistente com o mundo cruel onde moramos. No entanto, essa acusação ignora certas verdades. Por exemplo, como a teoria da evolução pode explicar a misericórdia, o amor e a compaixão? De acordo com a evolução, a força motriz da natureza é “a sobrevivência do mais apto”. Aqueles que forem menos aptos morrerão. Qualquer tentativa de resgatar essas pessoas “menos competitivas” seria um atentado contra a força mais fundamental da natureza. Assim, a existência de doutores, hospitais, organizações de caridade e até mesmo da força policial seria uma contradição da força bruta da evolução.

O evolucionista não tem nenhuma base para julgar moralmente. Uma vez que o homem é simplesmente o resultado de milhões de anos de evolução, o nosso comportamento surge de reações químicas aleatórias. Não há nenhum código supremo de moralidade. A moralidade é uma questão relativa. Se alguém precisar de dinheiro, por que ele não pode roubar? De acordo com a evolução, deve prevalecer o mais forte. O poder faz o direito. Portanto, de acordo com a perspectiva evolucionista, esse tipo de violência é uma parte natural e necessária do mundo.

Aqueles cuja cosmovisão é baseada na Bíblia têm um fundamento consistente para atos de bondade, amor e compaixão. As Escrituras nos mandam a amar o nosso próximo como a nós mesmos, realizar atos de misericórdia e cuidar das viúvas e dos órfãos. Se levássemos a evolução até às suas últimas consequências, teríamos que concluir que as viúvas e órfãos deveriam morrer, porque aumentam a pressão sobre os recursos naturais.

Somente aqueles que creem na Bíblia podem fornecer uma base para este mundo julgar moralmente. Aqueles que rejeitam a Bíblia não têm nenhuma base para a moralidade.

O que dizer sobre o sofrimento individual?

Em João 9, Jesus aborda a questão do sofrimento individual. Quando Seus discípulos supuseram que a cegueira de certo homem fosse resultado de seu pecado, Jesus lhes deu a seguinte resposta: “Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele” (João 9:3). Jesus não considerou o sofrimento desse homem como algo desperdiçado ou arbitrário, uma vez que Deus seria glorificado em sua vida.

O livro de Jó nos conta sobre um homem justo que, apesar de agradar a Deus, sofreu a perda de sua riqueza, seus dez filhos e sua saúde. Seus amigos tinham certeza de que todo esse sofrimento era o juízo de Deus sobre algum pecado oculto, mas Deus rejeitou sua acusação. Muitos têm sido consolados devido à simples compreensão de que suas tragédias pessoais não são necessariamente uma espécie de juízo individual.

Embora seja muito evidente que Jesus amava Lázaro e sua família que estava de luto, Ele também conseguia enxergar um propósito para sofrimento que eles não enxergavam.

Quando Lázaro estava doente e prestes a morrer, Jesus mostrou que Seu amor por nós não é inconciliável com o sofrimento individual. “Ao ouvir isso, Jesus disse: ‘Essa doença não acabará em morte; é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela’. Jesus amava Marta, sua irmã e Lázaro” (João 11:4-5).

Embora seja muito evidente que Jesus amava Lázaro e sua família que estava de luto, Ele também conseguia enxergar um propósito no sofrimento que eles não enxergavam. Cristo lhes mostrou claramente que Ele tinha poder sobre a morte (ao ressuscitar Lázaro), mesmo antes de Sua crucificação e ressurreição.

Jesús também fez um comentário sobre o propósito das tragédias depois do desabamento da torre de Siloé, que matou dezoito pessoas: “Ou vocês pensam que aqueles dezoito que morreram, quando caiu sobre eles a torre de Siloé, eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu lhes digo que não! Mas se não se arrependerem, todos vocês também perecerãoLucas 13:4-5).

Estes exemplos mostram que embora o sofrimento nem sempre seja resultado de algum pecado individual, o sofrimento já é consequência do pecado em geral. É certo que Deus pode usar o sofrimento para nos recordar que o pecado tem consequências (e talvez para outros objetivos que não examinaremos em profundidade neste capítulo. No entanto, a existência do sofrimento não é sinal de que Deus não nos ama. Pelo contrário, Cristo veio e sofreu conosco, sofrendo um castigo que Ele não precisava sofrer.

Os cristãos honram ao Senhor em momentos de sofrimento quando confiam nEle, sabendo que Ele os ama e tem um propósito para as suas vidas. A realidade do sofrimento neste mundo deveria nos lembrar que todos somos pecadores que moram num mundo amaldiçoado pelo pecado; também deveria nos motivar a compartilhar com outros as boas novas da salvação que está disponível em Cristo. Afinal, essa seria a única forma de responder com amor. Podemos contar-lhes sobre a verdade de que eles também podem ser salvos deste mundo amaldiçoado pelo pecado e viver eternamente com um Deus perfeito e bom.

Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno. (2 Coríntios 4:17-18)

Footnotes

  1. Associated Press, Ted Turner was suicidal after breakup, www.nytimes.com/aponline/arts/AP-People-Turner.html, April 16, 2001.
  2. A. Desmond and J. Moore, Darwin: The Life of a Tormented Evolutionist, W.W. Norton & Company, New York, 1991, 387.
  3. The Bible is not clear when Lucifer rebelled or when Adam and Eve sinned. However, we can surmise that it was not too long after God put Adam and Eve in the Garden of Eden, as He told them to be fruitful and multiply, and they obviously had not had an opportunity to conceive a child before they rebelled.
  4. C. Sagan, Cosmos Part 2: One Voice in the Cosmic Fugue, produced by Public Broadcasting Service, Los Angeles, with affiliate station KCET-TV. First aired in 1980 on PBS stations throughout the US.

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