Gênesis: Será que realmente importa?

Embora não devamos ser belicosos, os cristãos são chamados a “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas 3). O plano de salvação de Deus está alicerçado no relato da criação que lemos em Gênesis. O livro de Gênesis é importante pelas seguintes razões:

1. O livro de Gênesis nos mostra que Deus é Criador de todas as coisas e que todas as coisas O glorificam.1

Começando no primeiro versículo, o livro de Gênesis proclama que o Deus eterno criou os céus e a terra no começo do tempo (Gênesis 1:1). Este relato histórico que provém de Deus é incompatível com a opinião dos evolucionistas, os quais atribuem glória à força irracional do acaso por ter criado o universo e tudo o que está nele.

Este suposto processo evolutivo é aleatório e requer bilhões de anos. Por outro lado, Deus falou, usando Seu poder criativo para trazer à existência tudo do nada em apenas seis dias (Êxodo 20:11; Hebreus 11:3). Uma vez que Deus criou todas as coisas, segue-se que todas as coisas pertencem ao Governador soberano e servem para glorificá-Lo (1 Crônicas 29:11; Salmo 19:1-4; Isaías 48;11-13; Apocalipse 4:11).

A criação fornece uma evidência irrefutável da realidade do Criador, deixando ao homem a responsabilidade de glorificar a Deus (Romanos 1:18-23):

Os homens pecadores são “indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis….Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.” (Romanos 1:20-23, 25).

Aquele que aceita a teoria da evolução exalta a criatura mais que o Criador. Aquele que rejeita o Criador para aceitar o “deus” do naturalismo desonra a Deus e atrai o Seu juízo (Romanos 1:24-32).

2. O livro de Gênesis nos mostra que o homem pecador está destituído da glória de Deus.

O livro de Gênesis explica a origem do pecado. Embora tivessem sido criados à imagem de Deus com a capacidade única de lhe trazer glória, Adão e Eva se rebelaram contra seu Criador. Eva cedeu diante da tentação da serpente, e Adão obedeceu a voz de sua esposa em vez de ouvir a voz de Deus (Gênesis 3:17). O pecado de ambos trouxe ao mundo a morte e o sofrimento (Romanos 5:12; 8:22).

Aqueles que creem na evolução glorificam a morte e o sofrimento ao considerá-los como o mecanismo responsável pela evolução das espécies em formas de vida superiores. No entanto, no final da Semana da Criação, Deus chamou tudo o que havia criado “muito bom” (Gênesis 1:31; 2:1-2). Não houve nenhum processo evolutivo para “melhorar” o Seu desenho. A variedade das plantas e animais existe somente dentro de seus respectivos tipos. O livro de Gênesis mostra que a morte é resultado do pecado, não de um processo evolutivo.

O Novo Testamento confirma o relato de Gênesis quando explica que o pecado e a morte entraram no mundo através de um só homem, Adão (Romanos 5:12-21; 1 Coríntios 15:21-22, 45-49). A natureza pecaminosa de Adão foi transmitida a todos os seus descendentes: “pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Romanos 3:23).

3. O livro de Gênesis nos mostra a Semente prometida que glorificaria a Deus.

Deus teria agido com justiça se tivesse executado a sentença de morte contra Adão e Eva imediatamente após eles pecarem. Mas em Sua primeira profecia messiânica, Deus prometeu que a Semente da mulher venceria Satanás, a serpente (Gênesis 3:15). Mais tarde descobrimos que o Senhor Jesus Cristo cumpriu essa promessa.

Sendo desde a eternidade um com Deus, Jesus foi o Agente da criação (João 1:1-3; Colossenses 1:16-17; Hebreus 1:2). Portanto, negar o Criador é equivalente a negar o Salvador.

Jesus perguntou à sua audiência como eles creriam nEle se não cressem nos escritos de Moisés.

Jesus afirmou a credibilidade da Palavra de Deus, que começa com o livro de Gênesis. Jesus perguntou à Sua audiência como eles creriam nEle se não cressem nos escritos de Moisés, entre os quais está o livro de Gênesis (João 5:45-47).

Aqueles que negam ou procuram reinterpretar o relato da criação no livro de Gênesis subvertem a Palavra inspirada e inerrante de Deus (Salmo 119:160; Provérbios 30:5-6; 2 Timóteo 3:16). Se não podemos confiar no relato da criação em Gênesis, por que confiar em João 3:16?

Jesus ensinou que o fundamento da doutrina do casamento é o relato da criação em Gênesis. Ele disse que Deus os fez macho e fêmea “desde o princípio da criação” (Marcos 10:6). Os evolucionistas contradizem o ensino de Cristo quando dizem que o princípio ocorreu milhões de anos antes do surgimento do homem. Por conseguinte, quem crê na evolução não pode aceitar o ensino claro de Jesus e deve considerá-Lo uma pessoa confundida ou mentirosa. Deveríamos mesmo confiar mais nas ideias especulativas dos evolucionistas do que no Senhor e em Sua Palavra perfeita?

O livro de Gênesis importa

No livro de Gênesis encontramos a glória de Deus - na Sua criação de todas as coisas, na Sua separação do homem pecador, na oferta de paz através do Salvador. Portanto, o livro de Gênesis realmente importa!

O mesmo Deus Criador que com Sua palavra falou, e houve luz, também faz resplandecer a luz salvadora de Cristo na escuridão dos nossos corações: “Pois Deus, que disse: ‘Das trevas resplandeça a luz’, ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo” (2 Coríntios 4:6).

O homem pecador que responde com fé e arrependimento ao Senhor Jesus que foi crucificado e ressuscitado glorifica a Deus (Efésios 1:3-14; 2:1-10). Glorifiquemos ao Deus da criação e da salvação com a nossa fé na Bíblia e no Verbo que se fez carne (João 1:14).

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