Quantas Raças Deus Criou?

Fundamentos da Criação

de Dr. Tommy Mitchell em Fevereiro 23, 2018
Também disponível em English e Español

Algumas pessoas acham que a Bíblia justifica suas atitudes racistas. Mas quando examinamos o que a Bíblia diz sobre a origem dos diferentes grupos de pessoas, encontramos uma estória diferente.

Nota del editor: Este artigo foi publicado originalmente em revistas Answers.

É fácil perceber que pessoas vêm em todas as formas e tamanhos. Algumas são baixas, outras altas, algumas têm cabelo ruivo, outras têm cabelos castanhos, algumas têm nariz grande . . . bem, já deu para ter uma ideia. É uma variedade surpreendente de pessoas.

A despeito desta variedade, tendemos a agrupar as pessoas de acordo com uma ou mais características físicas que tenham em comum. Estes grupos são frequentemente chamados de “raças”, e as características que os definem, “características raciais”.

Muitas pessoas tratam outras de maneira diferente, dependendo dessas supostas características raciais. Elas acreditam que essas diferenças são mais do que apenas a cor da pele e têm implicações para seu valor como seres humanos, e até para seu lugar na “escada evolutiva”. Isto é justificável? Quantas “raças” de pessoas existem? Como elas surgiram, e essas diferenças justificam o preconceito?

Uma Base Bíblica

A Palavra de Deus resolve esta questão. Há apenas uma raça de pessoas. Isto é claro na história encontrada em Gênesis.

No início Deus criou o primeiro homem, Adão. Depois, Ele criou a primeira mulher, Eva, a partir de uma costela de Adão. Adão e Eva foram nossos pais originais, feitos à imagem de Deus. Todos os humanos têm sua origem nestas duas pessoas. Isto é plenamente claro em Gênesis 3:20, onde Adão diz que Eva era “a mãe de todos os viventes”.

Então, se somos todos descendentes de Adão e Eva, deveríamos ser todos parecidos, certo? Como podemos explicar as diferenças entre as pessoas?

A Torre de Babel

Gênesis 11 descreve uma época quando os humanos se rebelaram contra Deus ao se fixarem em Babel e se recusarem a se espalhar pelo mundo. Por causa disto, Deus confundiu sua língua, e grupos de pessoas se separaram e se distanciaram uns dos outros.

COMO CONSEQUÊNCIA DE BABEL, OS GRUPOS DE PESSOAS SE TORNARAM GENETICAMENTE ISOLADOS.

Como consequência de Babel, os grupos de pessoas não poderiam se misturar facilmente. Eles se tornaram geneticamente isolados, significando que casavam e tinham filhos primariamente dentro de seu grupo particular. À medida que os anos se passaram, cada grupo desenvolveu sua própria cultura e maneiras de fazer as coisas. Com o isolamento genético, certos traços se tornaram mais proeminentes em cada grupo. Estas características étnicas são erroneamente consideradas características raciais; mas na realidade existe apenas uma raça: a raça humana. Todos esses povos eram simplesmente pessoas.

Cor da Pele

Usemos a cor da pele para ilustrar o processo.

O pigmento primariamente responsável pela cor da pele de cada um é a melanina. Em última análise, todos têm a mesma cor de pele—temos apenas tons de pele variados. As duas formas de melanina são eumelanina (de castanho para preto) e feomelanina (do vermelho para amarelo). Sua proporção determina o tom da pele.

Então, qual seria a causa de algumas pessoas terem uma pele escura enquanto a pele de outras é mais clara? Onde elas vivem faz diferença. Por exemplo, pele mais escura em pessoas que vivem em regiões próximas ao equador os protege da intensa luz solar, reduzindo seu risco de câncer de pele. Pessoas que vivem em latitudes mais altas, onde a luz solar é menos intensa, precisam de uma pele mais clara para produzir vitamina D eficientemente. Em cada caso, aqueles que tinham as características propícias à vida naquela região ali permaneceram e se reproduziram. Aqueles que não tinham as características adequadas ou se mudaram ou diminuíram em número até desaparecerem.

Ao longo de muitas gerações, essas características favoráveis seriam levadas avante no conjunto de genes, e as características menos favoráveis tenderiam a ser eliminadas. Assim, a variabilidade genética em populações isoladas diminui gradualmente. Logo, atualmente as pessoas de pele bem escura normalmente têm filhos com pele escura e as pessoas com pele bem clara normalmente têm filhos com pele clara.

Entretanto, as pessoas com tom de pele “moreno” frequentemente têm filhos com uma gama muito mais ampla de tons de pele. Por quê? Porque esses grupos de pessoas “morenas” ainda têm uma variabilidade genética significativa no que diz respeito ao tom da pele.

Com base em nosso entendimento sobre a herança do tom de pele, nós suspeitamos fortemente que Adão e Eva tinham pele de cor castanha. Isto daria a mais ampla gama de tons de pele em sua descendência, desde o bem claro até o bem escuro.

Genetic Variation

Características Raciais

Além dos tons de peles, outras características são usadas para distinguir um grupo de pessoas de outro. Elas incluem cabelo liso versus cacheado, a espessura dos lábios, e a forma das pálpebras. Estas características teriam se desenvolvido ou se tornado mais proeminentes em vários grupos isolados de pessoas ao longo de várias gerações.

Lamentavelmente, em vez de darmos glória a Deus pelas diferenças entre nós, nós, seres humanos caídos, usamos essas características com desculpa para julgar nosso semelhante. Por quê?

Evolução e Raça

O problema é que a maioria das pessoas, incluindo muitos cristãos, não baseia sua cosmovisão e valores na Bíblia. Em lugar disto, ignoram a verdade de Deus e adotam as ideias e valores do homem. Isto é sempre perigoso, mas pode ser mais destrutivo na área das origens do homem e suas implicações no comportamento social.

A visão mais proeminente sobre as origens é chamada evolução. De acordo com a cosmovisão evolucionista, os humanos evoluíram de um ancestral simiesco há milhões de anos. Infelizmente, muitos têm usado esta filosofia para ensinar que os diferentes grupos de pessoas evoluíram a velocidades distintas. Isto os permite considerar alguns grupos de pessoas “menos evoluídos” do que outras, e considerar algumas “raças” mais próximas dos macacos do que outras (sempre pondo sua própria raça no topo da escala, é claro).

Enquanto o pensamento evolucionista certamente intensifica atitudes racistas, a evolução não é a causa do racismo. A causa do racismo é o pecado. A desumanidade do homem para com o seu próximo tem existido desde a Queda. O primeiro pecado registrado após Adão tomar do fruto proibido foi o assassinato de Abel por seu irmão Caim; e uns poucos versos depois, no mesmo capítulo, Lameque se gaba de haver matado um homem.

Entretanto, a evolução tem sido usada como justificativa para o racismo. O falecido professor de Havard, Stephen Jay Gould, disse: “Argumentos biológicos em favor do racismo podem ter sido comuns antes de 1859 [ano em que A Origem das Espécies, de Darwin, foi publicado], mas eles aumentaram em ordens de magnitude depois da aceitação da teoria da evolução”.

Genética moderna

Ideias evolucionistas sobre as raças, ensinadas por muitas décadas, estão agora tão arraigadas nos pensamentos de algumas pessoas que é quase impossível corrigir suas percepções erradas. Mas, na verdade, todos os seres humanos são plenamente humanos. Nenhum grupo de pessoas é menos evoluído do que outro. De fato, a diferença genética entre quaisquer duas pessoas é apenas cerca de um décimo de um por cento—insignificante, na melhor das hipóteses. Curiosamente, a variação genética entre pessoas dentro de um grupo étnico particular é frequentemente maior do que entre membros de diferentes grupos étnicos!

Os cientistas envolvidos com o mapeamento do genoma humano declararam que há apenas uma raça: a raça humana. Alguns até disseram que o termo “raça” não tem sentido.

Um Só Sangue

A Palavra de Deus é clara. Há apenas uma raça.

Atos 17:26 diz: “de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação”.

Podemos falar corretamente sobre grupos de pessoas, mas apenas com o entendimento que estes grupos representam o que a Bíblia se refere como “tribos” ou “nações”. Os povos de fato têm heranças culturais e étnicas que podem ser honradas e celebradas.

Mas somos todos um só sangue. Mesmo em meio às nossas diferenças, somos todos iguais.

As Consequências

A ideia de raças nos traz uma pergunta séria: se há raças diferentes, então por qual raça Cristo morreu? A resposta tem consequências eternas.

Todos os seres humanos têm relação de parentesco. Todos nós podemos traçar de volta a nossa ascendência até o primeiro homem, Adão. Como descendentes de Adão, somos todos pecadores. Como pecadores, precisamos de um Salvador (Romanos 5:12).

Jesus Cristo, o ultimo Adão, nasceu como homem, como um descendente de Adão (1 Coríntios 15:45). Por causa de seu nascimento, Ele era apto para servir como nosso Redentor. Ele foi crucificado, morreu e ressuscitou. Ele venceu a morte, e aqueles que põem sua fé Nele não precisam temer a morte, porque herdam a vida eterna. “Pois, assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados” (1 Coríntios 15:22).

Dr. Tommy Mitchell, membro da American College of Physicians, graduou-se em medicina pela Vanderbilt University School of Medicine e praticou medicina por mais de 20 anos. Ele é atualmente um dos oradores do Answers in Genesis–Estados Unidos.

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